Mudanças à vista!

Voltando para casa nesses dias de natal, recebi um feedback legal sobre este blog. Os amigos que acompanham o Camelo Manco gostam das histórias que conto, das novidades e das fotos. É um estímulo grande para continuar a escrever.

Este blog me faz companhia quando estou longe, escrever serve para desopilar um pouco do stress e compartilhar minhas opiniões e minhas idas e vindas.

Olhando o tráfego do blog eu vejo sempre um monte de gente de todo canto acessando o blog. Pode parecer bobagem, mas é incrível a felicidade quando vejo gente do Brasil todo, de outros países de língua portuguesa, como Portugal, Angola e Moçambique, passando por aqui e se divertindo com minhas bobagens.

E dando uma olhada um pouco mais criteriosa no conteúdo que as pessoas acessam pude notar que há duas vertentes grandes de acessos, que não são compatíveis entre si. Uma galera grande vem aqui para ler as coisas que escrevo sobre blogs, computadores, informática em geral. Uma outra, também considerável, vem aqui para ler minhas aventuras/desventuras, rir de alguma situação doida deste pára-raio de maluco que eu sou.

Percebi que é impossível agradar às duas clientelas! 🙂 Portando estou preparando para colocar na rede um outro blog, voltado apenas para o meu público ligado em tecnologia.

Ainda estou pensando um nome para o blog, e aceito sugestões. Assim o pessoal que visita o Camelo Manco se livra de toda a tecnália que arrepia a espinha do cidadão padrão e os escovadores de bits não precisarão se preocupar que não vão encontrar no site algo que não seja mais técnico.

Para ser sicero eu estou com esta idéia na cabeça já há bastante tempo. Era uma sensação minha, uma intuição. O toque dos amigos foi o empurrão que faltava.Assim que tiver um nome definido, com domínio e tudo, eu aviso aqui. O trabalho grande é botar o blog de pé, com todos os acessórios indispensáveis. Isso eu acabo ainda esse ano, se tudo correr bem. Depois é só escrever o que der vontade!

E galera, obrigado pelos conselhos! Mas não esperem para me dar pessoalmente! Usem os comentários!

Feliz Ano Novo para todos!

E mais um natal passou!

Este ano correu como um louco! Aconteceram tantas coisas bacanas… E pensar que natal passado estava em Angola, em Luanda, ou melhor em Cacuaco, comemorando naquilo que ousávamos chamar de hotel, e fui vítima de um dos jantares mais bizarros que se pode imaginar. Este natal pude passar com a família, e foi uma delícia. Imagina passar o natal na Tunísia, onde nem natal existe? Dessa vez eu escapei de boa… Atrasado deixo a todos os amigos um feliz natal!!

Páginas bloqueadas nunca mais. Criando o Túnel VPN com SSH.

Vamos imaginar uma seguinte situação insólita:Você descobriu que o último episódio de Lost pode ser visto de graça pela internet no site da ABC. Você corre para o link e recebe uma simpática e irritante mensagem que lhe adverte que somente usuários americanos tem acesso aos episódios.

Se você seguiu meu conselho e comprou uma conta de hospedagem no DreamHost (use o promo “camelo”) que fica nos EUA, problema resolvido. Com túnel VPN você estará usando um IP americano e a ABC vai te deixar ver tudinho!

Mãos à obra, usaremos o SSH para criar um proxy SOCKS. No linux ou no mac, abra um terminal e digite:

ssh -l username ssh.servidor.com -Dxxxx

substituindo username pelo nome de usuário da Shell Account, ssh.servidor.com pelo hostname do servidor e xxxx pelo número da porta onde o seu proxy SOCKS vai ficar configurado. Eu aconselho 8888 ou 9999, um número alto. Atenção para o fato que é a letra l de login e não o numero 1 antes de username.

The authenticity of host ‘ssh.servidor.com (xxx.xxx.xxx.xxx)’ can’t be established.RSA key fingerprint is bc:f9:b5:55:4b:2c:07:d7:42:8c:00:2a:8d:f0:2c:de.Are you sure you want to continue connecting (yes/no)?

Responda yes.

Seu proxy está funcionando! Configure seu browser para usar o proxy, tipo SOCKS 5, no endereço localhost, e a porta que você escolheu antes. Volte à página da ABC e curta seu programa predileto.

Se você usa Windows, precisar usar o Putty. Mas só vou poder escrever sobre isso quando minhas férias acabarem e estiver com uma máquina Windows por perto. E aí explico também como fazer um túnel proxy para “evitar” o bloqueio de páginas via proxy da empresa!

UPDATE: O Artigo continua no Urucubaca! Veja como usar o putty para ir onde tiver vontade na Internet Livre!

Páginas bloqueadas nunca mais. O fim do Proxy, do Traffic Shapping, do bloqueio do Skype, do MSN, etc…

A Internet é livre. Todos dizem isso, mas na prática não é bem assim.

Na faculdade não te deixam usar o MSN. No trabalho você não pode dar update no seu profile do Orkut, não pode visitar o YouTube, não dá pra saber dos amigos no Facebook. Em certos países nem pesquisar no Google direito você pode. E o pior de tudo é que na sua casa o provedor faz traffic shapping e arrebenta com a velocidade do seu download no Azureus ou outro cliente BitTorrent qualquer. Isso já é de conhecimento público e inclusive Kabella, do Maldito, está enfrentando uma briga com o Vírtua por causa disso.

Mas será que não dá para acabar com esses bloqueios e ficar livre novamente? Será que não tem mesmo maneira de fugir dessas armadilhas? Dá, meu amigo, é claro que dá…

Mas antes de explicar como lhe advirto logo que no trabalho pode dar demissão, na faculdade advertência e em certos países até cadeia. Mas no seu lar, arrebentar com o Vírtua, o Speedy, o Velox e companhia é quase um direito seu. Esses aí estão te afanando banda, já que o contrato de prestação de serviços não prevê nada disso. Na prática me resolveu um problema idiota que me perseguia no Worpress.com .

A primeira coisa que você precisa é um Shell Account. Se você não sabe o que é shell account, é uma conta de usuário em um computador que rode algum tipo de Unix, com acesso a um interpretador de comandos (Tá complicado? Dê uma olhada aqui para ver se melhora). Procura no Google, você pode arrumar o serviço de graça ou pago, o que pode variar é a qualidade e confiabilidade.

Eu tenho shell account já faz tempo, veio com o meu pacote de hospedagem no Dreamhost. Se quiser ajudar o blog, compra hospedagem através deste link, ou vá no Dreamhost e use o promocode “camelo”, é bom e te dá direito a um Shell Account, além de hospedagem domínio, instalação automática do WordPress, etc…

A idéia é que de seu computador bloqueado (A) você vá se conectar a um computador não bloqueado (B). Esse computador não bloqueado, por sua vez, irá se comunicar com a Internet (como se você estivesse trabalhando lá) e o vai mandar para A o resultado. O tipo de conexão que precisamos fazer para que tudo funcione bem na maior parte dos cenários é um túnel VPN.

O Túnel VPN “embaralha” a informação que entra e sai, assim seu provedor não sabe se você está usando p2p ou e-mail. Assim sendo o Traffic Shapping não pode ser configurado, afinal para reduzir a banda para BitTorrent eles precisam saber que o que está trafegando é BitTorrent. Se está dentro do túnel, eles não podem saber o que é.

O Túnel pode ser configurado para sair por onde é permitido, por exemplo páginas WEB https, do seu banco. Você está falando no MSN, no IRC, no Skype, mas está tudo entrando e saindo do seu computador pelo caminho onde passam as páginas Web que você pode acessar. Quando chega na outra ponta do túnel é que o IRC, MSN, Skype se comunicam com o mundo.

Pelo Túnel não é possível filtrar conteúdo (palavras chave, IP, domínio), já que na realidade tudo isso está passando pelo túnel, e os filtros não conseguem enxergar lá dentro.

Quais as desvantagens deste túnel?

Antes de tudo você vai depender sempre do “outro lado”. Se o servidor do Shell account cair, você perde conexão. Se a banda lá for pouca, depois de um tempo você pode ter problemas, ou despesas.

Dependendo de onde você usar a técnica um tráfego excessivo pode despertar suspeitas e bloquear o IP do servidor do outro lado. Em algumas empresas, pode ser demitido.

Embaralhar e desembaralhar o tráfego pode ser um problema se você estiver usando um computador mais antiga em uma das pontas.

Mas se você acha que vale a pena para poder ver o vídeo da Cicarelli pelada (tem dica pra isso aqui no blog! dá só um search), vai ter que pôr as mãos na massa.

Se ainda não contratou o serviço do Dreamhost, manda brasa agora! Lembre-se de me dar uma mão e usar o promo code “camelo”, sai mais barato e dá uma força.

A forma mais prática de se criar uma VPN é utilizando o protocolo SSH. No Linux e no Mac é uma questão de abrir uma janela de terminal e utilizar o comando “ssh”. No Windows é preciso utilizar um programa de emulação de terminal capaz de se comunicar através do protocolo SSH. Há um programa free que se chama Putty.

Como fazer a ligação e configurar seu browser e outros programas vai em um próximo post.

Dias de Macarronada na Tunísia

Ontem a noite um colega de trabalho reservou uma mesa para 30 pessoas no Circolo Italiano de Tunis.

Além do pessoal da empresa foram convidados outros colegas de empresas parceiras. Era uma noite completamente informal, sem chefes, com vinho e principalmente um menu delicioso. La festa del Cinghiale, ou A festa do Javali.

O Círculo Italiano fica no centro de Tunis, em um prédio de esquina de três andares, acredito eu construído ainda na época em que os franceses eram os donos do país.

Subimos três andares de escada, e demos de cara com a cozinha. Lá dentro um italiano pançudo e simpático com um avental completamente sujo de molho, quando viu a horda de gente chegando pelas escadas, avisou que o salão da janta era na porta ao lado.

Chegando no salão havia três mesas grandes, duas já ocupadas com grupos grandes. Os garçons começaram a nos servir uma série de entradas, trazer água e vinho, o pessoal se aquietou nas cadeiras, apresentações foram feitas e o banquete começou.

O primeiro prato foi Papardelle al Ragù di Cinghiale, bolonhesa de Javali, e foi de lamber os beiços. O povo brigou por repeteco, estava realmente uma delícia. Se tiverem oportunidade, não deixem passar, é de primeiríssima qualidade. O vinho que o pessoal bebeu era local, e eu ainda não consegui entendere como um país muçulmano, onde beber é considerado pecado grave e todo mundo controla todo mundo pode ser produtor de vinhos. Eu não sei qual era o vinho pois não bebi, mas o pessoal comentou que era bom, que tinha até mesmo sido premiado em Paris.

O segundo prato foi batatas com costela de javali, e o gosto era ótimo. Mas as danadas das costelas estavam tão duras que eu preferi não insistir muito com elas. Deixei metade no prato.Quando chegou a hora do café e da sobremesa é que a coisa esquentou. Cheios de vinho na cabeça a italianada já não conversava, gritava.

Na mesa do lado levantou um troglodita, de uns dois metros de altura, uns 40 anos, cabeça raspada e duas tatuagens, uma em cada lado do crãnio, com uma cara de mau de dar medo. Quando vi o maluco de pé, olhando pra nós, juro que pensei que ia ter confusão. Detalhe, na nossa mesa só tinha homem. E sóbrios, se eram em 4, eram já muitos. Ledo engano. O cara olhou pra nós, pegou uma caneca de vinho, bateu com a colher nela pra chamar a atenção e quando o povo silenciou um pouco, ele diz, com uma voz afeminadérrima:

– Meninos, silêncio, vai começar o Karaoke!

UPDATE: Fotos da noite!

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Nesse momento era o início da perdição de linha. Começaram cantando Volare. Depois desencavaram vários sucessos italianos dos anos 60 aos 90, Ligabue, Battisti, De Gregori, Celentano e até Mina e Caruso. Fizeram corinho, se abraçaram, quase choraram. Parecia cena de filme, me diverti pacas.

O mais engraçado nessas horas é ver o pessoal que se odeia no trabalho se transformar em irmão de sangue, com um pouco de vinho na cuca e umas musiquinhas sentimentais. Essa coisa de estar no exterior faz desse pessoal muito sensível ao que se refere à pátria. A maioria dos meus colegas estão pela primeira vez longe de casa, e qualquer coisa que lembre a terrinha deles é motivo de obsessão.

Por volta de uma hora da manhã peguei uma carona pra casa, com a barriga cheia e uma simpática lembrança da Festa del Cinghiale. Meu apartamento estava gelado, liguei o aquecimento, e dormi contente.

Hoje foi a festa de confraternização da empresa. Fomos todos, 70 pessoas, a um restaurante chamado Da Franco, em Hammameth. Fica a uns 50 minutos de Túnis. Como o Milan ganhou do Bocca a italianada estava toda contente. E de novo o povo encheu a cara de vinho tunisiano, mas tentando não perder a linha já que a diretoria toda estava presente. Foi bem divertido também, já que foi a primeira vez que toda a equipe do projeto esteve junta.

Eu conhecia a maior parte do pessoal, mas alguns não conhecia pessoalmente. O pessoal local que foi convidado se entrosou bem, e realmente acho que amanhã todos vão ir para o trabalho mais satisfeitos. E dá-lhe macarronada!

Esta semana, se tudo correr como deve, pego um vôo para o Rio. Não vejo a hora de ver a família, dormir na minha casa, curtir um pouco de férias. Cidade Maravilhosa, aqui vou eu!

Estranho e Bizarro, meus pitacos

Cada dia mais gente tem escrito em blogs. Já faz um tempo que eu leio alguns de brasileiros que moram fora do país, “qui nem qui eu”.

A jornalista Bárbara Axt, mantém um blog em português e um outro em inglês. Ela escolheu Londres para completar seus estudos e estes dias escreveu sobre como se sentia no Rio de Janeiro antes de ir para as terras da rainha. Entedo a sua doideira. Eu sou carioca e também estou no exterior. Apesar da grande diferença de destino.

A Tunísia é um agradável país no norte da África onde todos bancam os “ishperrtos”, só que com um árabe afrancesado. Os caras são muçulmanos, mas a maioria só pratica o bastante para o vizinho achar que ele é um bom muçulmano. Em seis meses aqui a única livraria que encontrei foi o Carrefour.

Antes eu estava em Angola. Acho que tem um post do ano passado falando sobre minha dificuldades de achar livros em Luanda. Pois é.

A cultura da burrice a que a Bárbara se refere não é exclusividade brasileira. O mundo cultua a burrice, ou melhor a ignorãncia.Eu sempre devorei livros, e quando morei na Itália meus amigos universitários achavam isso estranho e bizarro. Hoje tenhos colegas de trabalho, europeus, de menos de 30, que não sabem a diferença entre adjetivo e substantivo, e não conseguem conjugar verbos na própria língua. Saio em defesa do Rio, onde há muita sujeira nas ruas, patricinhas e mauricinhos mal-educados, povão ignorante de dar dó, mas onde se pode comprar um livro, ir ao cinema, curtir um teatro. Na maior parte do mundo, não é bem assim.

É claro que não somos, nós brasileiros, exemplo de cultura e civilidade.Vivemos em um mundo de absurdo constante, em um universo paralelo de violência e mentiras. O presidente da República, eleito e reeleito, não é exemplo nem de cultura, nem de ética. Viver entre a realidade de “Tropa de Elite” e o mundo de fantasia do “nunca-antes-neste-país” é no mínimo um exercício para a sanidade mental das pessoas. Na Tunísia você pode deixar o carro aberto e ir comprar pão. Ninguém toca. Mas ái de você de se envolver em política ou acessar sites “proibidos”, com opiniões divergentes das do governo. Cada buraco com sua lama, diria o filósofo…

De qualquer modo, Bárbara, parabéns pela cara e pela coragem. Acho que é saindo e vendo o mundo é que crescemos.Já eu continuo mancando por esse deserto doido, que me leva sempre para um buraco diferente… Quem sabe onde eu vou parar?

Só sei que semana que vem desembarco no Rio para curtir o natal no calor! Saravá!

Ainda sobre a CBN e seus blogs…Seus blogs?

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Volto ao assunto sobre o site da CBN pois no último post sobre o assunto eu passei reto em relação aos blogs dos comentaristas. Não há uma página com o link para os blogs dos comentaristas da CBN. Há sim um menu “drop down” contendo uma lista dos blogs. Ao escolher uma das opções da lista, a página do blog escolhido abre em outra janela ou aba. Interessante é que os blogs dos comentaristas se dividem entre várias “hospedagens”. Vai aí a lista e alguns comentários…

Hospedados no Globolog:

  • Carlos Alberto Sardenberg, no portal de notícias G1
    • Sardenberg é um ótimo jornalista. Assino seu Blog no G1 para me manter informado e atualizado. Realmente uma ótima leitura. Pena que ele não escreva todos os dias. A assinatura por RSS é fácil, pode ser feita pelo link no blog ou pela barra de endereços do navegador.
  • Carlos Eduardo Éboli
    • O blog do jornalista esportivo não permite sua assinatura via RSS. Não há o logo de RSS nem na barra de endereços do navegador, nem na página.
  • Fim de Expediente COM RSS no fim da página
    • Esse é um dos meus favoritos. Uma pena que pelo rádio só passe em Sampa. Eu assino o podcast e o feed RSS. Que por sinal só aparece na página, não na barra de endereços do navegador.
  • João Carlos Santana
    • O mesmo problema com RSS. Apenas sinalizado na página.
  • Lucia Hippolito
    • Esse era um que gostaria de assinar e infelizmente não disponibiliza RSS.
  • Mara Luqet
    • Eu adoro o papo da Mara com o Sardenberg. O blog é cheio de informações interessantes e permite assinatura do feed RSS, mas somente na página.
  • Marcos Petrucelli
    • Este blog está abandonado há mais de dois meses. E não disponibiliza assinatura RSS. Mas, afinal, é compreensível. Quem vai querer assinar um blog sem atualização?
  • Milton Jung
    • Muito bom este blog, para quem quer saber as coisas de São Paulo. Eu como não sou de Sampa, conheci o Miltom Jung pelo Blog e leio sempre. Assinatura RSS somente na página.
  • Tempo de Letras
  • Wálter Maierovitch
    • Este é mais um daqueles blogs que dá vontade de assinar, mas não tem RSS… O desembargador é pragmático e direto. Uma pena não poder estar no meu bloglines.

O Globolog é um serviço diponibilizado assinantes da Globo.com que os permite criar blogs e “variantes”. Além dos blogs dos assinantes o Globolog hospeda blogs “patrocinados”, geradores de tráfico (como o Kibeloco). Eu não conheço o serviço, mas dá para se perceber que dá uma boa margem à customização dos sites. Os da lista acima tem todos uma cara “institucional” da CBN. Mas nenhum tem o RSS configurado como se deve (a excessão é o blog do Sardenberg, mas que pelo visto é cuidado pela equipe do G1). E não parece ser restrição do Globolog, pois o Kibeloco e o Bola nas Costas tem o RSS perfeitinho, aparecendo como deve na barra de endereços do browser.Hospedados em outros meios de comunicação:

  • Míriam Leitão, no O Globo Online
    • O jornalista de Economia e Política devem se espelhar na Míriam. Sempre bem informada e didática, assino seu blog já faz tempo. E o Rss funciona perfeitamente. Aliás como em todos os blogs que visitei do Globo On.
  • Juca Kfouri, no UOL Blog
    • Eu gosto do Juca já faz tempo, apesar de ele sempre desdenhar do meu Fluzão! O RSS aqui funciona apenas na página e não na barra de endereços do browser. Não sei se é limitação do UOL Blog, concorrente do Globolog.
  • Turismo e Gastronomia, no site de blogs da Veja São Paulo. Mas lá se chama “O melhor do Brasil”.
    • Não é minha praia, se é que vocês me entendem, mas o RSS funciona muito bem.
  • Sidney Rezende, em site próprio
    • O blog do Sidney Resende é o mais “internet” de todos. Um verdadeiro Blog, com todas as funcionalidades. É feito com tanto capricho que há a possibilidade de escolher qual feed RSS assinar, um para cada categoria de artigo (Política, Comportamento, Cultura, etc…). O blog roda em um produto da empresa Zambba. Ótimo trabalho!

Eu tenho a opinião que a maior parte dos blogs acima tem uma qualidade de conteúdo impecável. O gosto varia de pessoa a pessoa, e cada um dos comentaristas agrada a um público específico.Minha única crítica é em relação a má utilização da mídia internet. Pode-se argumentar que a grande parte do público não conhece RSS e nunca a utilizará. Concordo plenamente com esta afirmação, mas não vejo justificativa para privar o leitor que tem o conhecimento desta tecnologia dos seus benefícios( tecnologia que afinal é tão simples de usar e de implementar no site) . É claro que se há barreiras “contratuais” tudo é mais delicado. Mas ñão acredito que seja esse o caso.

A utilização destas ferramentas dá mais poder ao usuário e ao blogueiro. É possível ter estatísticas das assinaturas, permitindo até mesmo fazer do feed fonte de renda com ferramentas como o Adsense. Recomendo dar uma olhada em todas as possibilidades que se abrem e nos serviços gratuitos disponíveis, como o feedburner.

Gostei muito do site do Sidney Resende. Acho que ele deveria apresentar o pessoal da Zambba aos colegas…

Assinar o blog!

A todos os amigos que assinaram este blog no passado, devido a problemas com o WordPress, precisarão assinar de novo. Agora está tudo corrigido!
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O site da CBN, seus podcasts… Uma opinião…

Eu gosto muito da CBN. Aqui na Tunísia eu ouço bastante a rádio via Internet e comecei a me interessar pelos podcasts da emissora. Acho muito importante a mídia “clássica” se adaptar à internet e usufruir dos vários novos canais de comunicação de forma inteligente. A CBN está bem nesse quesito, mas acho que peca em alguns pontos, talvez ainda por falta de tarimba no mundo dos bits e bytes.
A CBN fica hospedada no Globo.com, portal que peca demais em seus blogues (mais sobre isso em um próximo post). O site da CBN, pelo menos em princípio, não é um blogue. O conteúdo distribuído  é, em sua esmagadora maioria, áudio. A CBN (Central Brasileira de Notícias) é uma rádio premiada no jornalismo nacional e seu site distribui e reproduz conteúdo que foi ao ar na rádio. Na internet é fundamental o conteúdo. A CBN tem conteúdo de altíssima qualidade. Mas como disponibilizar esse conteúdo na internet de forma clara, fácil, inteligente e lucrativa? O site da CBN alcança seus objetivos? A única contribuição a que me permito é emanar minha opinião sobre como me sinto em relação a este site, que visito bastante e me permite estar mais próximo do Brasil.O design da página principal é bastante limpo. Tudo bem organizado em vermelho e branco, com poucas firulas e bastante informação, sem com isso criar confusão.
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A navegação é facilitada pela coluna esquerda, em vermelho, separada em “Comentaristas”, “Editorias”, “Especiais” e “Programas”. Esta coluna fica assim posicionada em qualquer outra página acessada dentro do site, e serve exatamente de guia de navegação para o internauta.Clicando em qualquer link da coluna “Comentaristas” somos levados a uma página com a foto do comentarista, o horário das suas intervenções na CBN e o título dos últimos comentários, bem como a data. Tudo no melhor estilo blogue, mas sem conteúdo escrito além dos títulos, só os enxertos da programação da rádio. Ao clicar nos títulos dos comentários abre-se um pop-up, e podemos ouví-lo. Tudo bem simples e rápido, ao menos para usuários Windows. E o pessoal do linux e o do Mac? Certamente será preciso configurar uma coisa aqui e acolá para fazer funcionar. Afinal a escolha pelo formato Windows Media Audio da Microsoft acaba por atrapalhar a vida dos não usuários de Windows.Mas, do ponto de vista do site, quais são as as críticas então?Principalmente a falta de intimidade com as ferramentas de internet à disposição.
 
 
 
Para  quem não sabe, um RSS feed nos permite que “assinar” uma página ou um blog. Recebemos o conteúdo novo assim que publicado, sem precisar ir diretamente à página, utilizando geralmente um software chamado de agregador, que pode até mesmo ser seu Navegador.Usando o Firefox ou no Safari, não aparece o ícone de RSS que permite assinar o feed da página. Este é um primeiro indício de que o feed está fora dos padrões habituais da internet. 

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Mas na própria página há um link que indica para um feed, o clássico botãozinho RSS laranja, meio escondido em uma barra de navegação (no alto e à esquerda).Se clicarmos ali, o agregador padrão (muitas vezes o Firefox) prontamente se coloca à disposição para criar um Favorito Dinãmico (no Firefox o Live Bookmark). Na verdade, quando assinamos o feed, descobrimos que o ícone mais engana do que funciona.
O Live bookmark criado pelo feed mostra todos os títulos dos comentários de cada autor. Mas, infelizmente, não é muito funcional pois distribui apenas os títulos, e não os comentários. Somos sempre forçados a visitar a mesma bendita página principal do comentarista, que é para onde o link que aparece nos feeds indica, e clicar para abrir o pop-up.Me parece uma estratégia para forçar uma  nova visita tentando aumentar o lucro com propaganda, ou aumentar os pageviews. Não sei o quanto lucra a CBN com o programa de propaganda do Google.
Eu acredito que é um grande desperdício essa utilização do feed. Poderia criar, para cada comentarista, um feed de poscast, e poderia-se se embutir propaganda no feed ou mesmo no áudio, com um modelo de negócios baseado patrocinadores (Como no podcast do Diogo Mainardi), anunciantes (na Rádio Lance!), ou quantidade de assinantes do feed ou de “ouvintes” na web.
A dinãmica de “Editorias”, “Especiais” e “Programas” é sempre a mesma. A única excessão é o “Fim do Expediente“, que nos leva para um blog “clássico”. E inclusive o RSS funciona perfeitamente, hospedado no globolog.Bem, sobre os podcasts da CBN, eles são divididos em: “Comentaristas”,”Política”,”Economia”,”Esportes”,”Fim de expediente”,”No divã do Gikovate”,”Saúde” e “Turismo e gastronomia”.
 Até pouco tempo atrás, havia um número menor de podcasts e a divisão era outra. Sem avisar nada, nem na página da CBN, nem no feed dos podcasts, nem no áudio. Eu só percebi que algo estava estranho quando o Arnaldo Jabor desapareceu do feed de política… Acabei por o encontrar no feed novo “Comentaristas”. Aqui novamente há pecados. Os podcasts não são “polidos”.
Uma abertura de 10 segundos, tipo: “Podcast Comentaristas CBN!” e um encerramento tipo “Patrocinado pela empresa tal de tal. Outros podcasts no site!”, certamente dariam um ar mais profissional à coisa. O conteúdo é ótimo. A forma deixa a desejar. Parece que foi feito tipo gravação em fita cassete de antigamente, corta pedaço de vinheta, se prolonga demais, não é feito com cuidado. É claro que estamos falando de um comentário, feito ao vivo no rádio, e reproduzido depois em formato podcast. Mas não se deveria jogar na rede o pedaço de áudio “largado”. Já houve vezes de ir ao ar trechos a mais, como se esquecessem de desligar o “gravador”. Agora, com a nova divisão, há ainda casos do mesmo comentário em mais de um podcast. Quem assina “Comentaristas” e “Política”, por exemplo, acaba com 2 arquivos iguais de comentários do Merval Pereira. Isso acontece com vários outro também.
Um podcast não precisa chegar ao público na mesma velocidade do rádio, são meios diferentes. É preciso um pouco mais de atenção ao detalhe.Falta um pequeno investimento para fazer deste conteúdo um grande produto. E com um grande produto em mãos os ouvintes ficarão mais satisfeitos e certamente a CBN terá mais uma fonte de receita.

WordPress Widgets – Problemas com Drag and Drop – Resolvido na unha

Já há bastante tempo eu estava tendo problemas com a capacidade de drag and drop dos widgets do WordPress. Nas últimas duas semanas passei boa parte do meu tempo livre fazendo backups e reinstalando o WP. Desliguei plugins, mudei de temas, tentei de tudo. E nada funcionava.

Nessas horas bate uma frustração de não ser programador. Mas mesmo assim eu não desisti… Precisava descobrir o que havia de errado. O Google não ajudou muito, ao contrário de tantas outras vezes. O fórum do WordPress.org também não. O suporte técnico do WordPress.com nem ligou para mim, apesa do problema acontecer por lá também…As soluções propostas, e olha que tentei muitas, não deram jeito. E aí acaba que, com um pouco de curiosidade e saco, consegui achar o motivo do problema. A página lida pelo wordpress 2.3.1 para a manipulação dos widgets é widgets.php. No Firefox, ao ler tal página, os widgets ficavam estáticos e eu não podia arrastar e soltar nenhum deles.

Verifiquei que o Error Console do Firefox me mostrava a mensagem de erro “Draggable is not a function“. Dragabble é sim uma função, que pertence a uma extensão do jquery.js chamada interface.js. Pensei com os meus botões que talvez, por mais improvável que pudesse parecer, o proxy da Tunísia implicasse com o nome da função. Afinal Drag pod se referir a drag queen, e se comportamento sexual diferente do “standard” já dá confusão em Niterói, imagina como deve ser bem visto em um país muçulmano… Mudei todas as referências a drag e substituí por “brag” em todos os arquivos que compõem o pacote do WordPress e voilá… Não funcionou. Bem, pensei com os meus botões, o problema não era o proxy…

No dia seguinte, ao fazer o restore do backup com tudo original, sem modificar o nome da função, deixando Draggable mesmo fui fazer o teste de novo para saber se o erro persistia. Persistia é claro. Tudo imóvel. Como estava usando o Safari, resolvi escarafunchar e ver se havia algo como o Error Console do Firefox. Não havia algo assim, ao menos eu não achei. Em compensação havia uma opção que se chamava “active connections”.

Foi ali que descobri o problema. O active connections mostra todos os links de dada página, de onde estão chupando informação. E entre os links da página, havia o seguinte:

http://www.camelomanco.com/weblog/wp-includes/js/jquery/interface.js?ver=1.2 NOT FOUND

Em poucas palavras, o WordPress não conseguia encontrar o arquivo interface.js, acreditava que o mesmo não estava no servidor. Mas ele estava lá! Coloquei a url acima no browser e recebi uma mensagem igualzinha a do post sobre o Youtube. O danado do Proxy da Tunísia estava aprontando mais uma! Como resolver este pepino?

Tentei então a url:

http://www.camelomanco.com/weblog/wp-includes/js/jquery/interface.js

e qual não foi minha surpresa ao achar lá o arquivo bonitinho….

O meu trabalho então era fazer com que o WordPress chamasse pela segunda url e não pela primeira. E toca a procurar onde era feita a leitura da bendita… Acabei que achei o arquivo scripts-loader.php, que se encarrega de carregar na memória todos os scripts (como o nome diz).

Com um pouco de tentativa e erro modifiquei a linha 77 (no WP 2.3.1):

de:
$this->add( ‘interface’, ‘/wp-includes/js/jquery/interface.js’,
array(‘jquery’), ‘1.2’);

para

$this->add( ‘interface’, ‘/wp-includes/js/jquery/interface.js’,
array(‘jquery’), ”);

Agora o wordpress consegue ler a linha gerada e ela não encrenca com o proxy.

Eu deixei isso tudo aqui documentado por dois motivos. O primeiro é para que quando houver atualização do WP eu saberei exatamente onde eu tenho que mexer no danado caso o mesmo problema ocorra. O segundo é que, apesar de comigo acontecer na Tunísia, o problema certamente não é causado por uma vontade do governo de bloquear a leitura do interface.js. A causa é um proxy mau configurado. E você pode apostar que tem muito proxy nessa situação pelo mundo afora. Se acontecer com você algo parecido, essa dica pode te dar o caminho das pedras para “obrigar: o WP a ler uma biblioteca qualquer…