Não é o fim do mundo…

O Fluminense perdeu a Libertadores no Maracanã lotado, na disputa por penaltys. Foi muito doído para todos os tricolores, vivos e mortos. Mas agora é hora de colar os cacos e renascer no brasileiro. Será certamente mais difícil do que se espera, haverá ainda muitos tropeços, mas é a única maneira de levantar a cabeça.

Hoje é um dia triste, um dia para refletir e aprender.

Força Flu!

Não é o fim do mundo…

O Fluminense perdeu a Libertadores no Maracanã lotado, na disputa por penaltys. Foi muito doído para todos os tricolores, vivos e mortos. Mas agora é hora de colar os cacos e renascer no brasileiro. Será certamente mais difícil do que se espera, haverá ainda muitos tropeços, mas é a única maneira de levantar a cabeça.

Hoje é um dia triste, um dia para refletir e aprender.

Força Flu!

Você confiaria seu cartão a esse caixa automático?

Todo mundo já foi ao caixa eletrônico do banco e achou o danado com alguma tela congelada ou com os botões sem função…

Mas assim foi a primeira vez, e o pior é que apareceu depois do cartão estar lá dentro!

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Olha a mensagem ampliada.Não precisa nem traduzir, quem tem Windows XP em casa conhece muito bem esse balão!

Gilberto Gil em Túnis

Recebi da embaixada brasileira na Tunísia o seguinte e-mail, que compartilho com todos:

“Prezados amigos,

No contexto da edição de 2008 do Festival “Jazz à Carthage”,
o cantor e compositor GILBERTO GIL realizará concerto em Túnis, no dia
10 de abril, às 21 horas, no auditório do hotel Barcelo Carthage. (…) Com vistas a permitir à comunidade brasileira assistir ao
espetáculo com todo o conforto, a Embaixada do Brasil irá reservar um
número limitado de assentos no auditório. Pede-se, portanto, que
aqueles que tiverem adquirido ingressos informem a  Embaixada assim
que possível, por telefone ou e-mail, para que possam ter assegurados
bons lugares.
(…)
Maiores informações sobre o espetáculo, bem como sobre a
programação do Festival “ Jazz à Carthage”, pode ser obtida na webpage
www.jazzacarthage.com. “

Isso mesmo pessoal! Vai rolar um showzinho VIP do ministro!!!

E é claro que vou estar lá!!!!

Gilberto Gil em Túnis

Recebi da embaixada brasileira na Tunísia o seguinte e-mail, que compartilho com todos:

“Prezados amigos,

No contexto da edição de 2008 do Festival “Jazz à Carthage”,
o cantor e compositor GILBERTO GIL realizará concerto em Túnis, no dia
10 de abril, às 21 horas, no auditório do hotel Barcelo Carthage. (…) Com vistas a permitir à comunidade brasileira assistir ao
espetáculo com todo o conforto, a Embaixada do Brasil irá reservar um
número limitado de assentos no auditório. Pede-se, portanto, que
aqueles que tiverem adquirido ingressos informem a  Embaixada assim
que possível, por telefone ou e-mail, para que possam ter assegurados
bons lugares.
(…)
Maiores informações sobre o espetáculo, bem como sobre a
programação do Festival “ Jazz à Carthage”, pode ser obtida na webpage
www.jazzacarthage.com. “

Isso mesmo pessoal! Vai rolar um showzinho VIP do ministro!!!

E é claro que vou estar lá!!!!

Televisão na Tunísia e a Globo Internacional!

Um problema do meu apartamento aqui na Tunísia sempre foi assistir televisão.

Aqui só há dois canais do que nós no Brasil chamamos de TV aberta. E não existe nenhum tipo de serviço de televisão por assinatura, tipo NET ou DirecTV.

A única opção que nós temos é comprar uma parabólica e um decoder e assistir aos canais “abertos” de algum satélite, como o HotBird ou NileSat. Quando aluguei o apartamento já havia instalado um conjunto de antena-decoder, mas o canais bons do HotBird são todos bloqueados. Há algumas mutretas para desbloquear os canais, as como não conheço nenhum técnico de confiança, deixei para lá. Limitado a tele-sexo e canais romenos e árabes bizarros, fiquei sem ver TV bastante tempo.

Um tempo depois descobri que alguns italianos da empresa trouxeram decoders da Sky Italiana, e funcionou aqui, pois a Sky usa o satélite Hotbird. Sabendo disso, comprei um decoder da Globo Internacional, que também faz uso do Hotbird, e fiz a assinatura. Como não há representante da Globo aqui, encomendei da Itália com a promessa que chegaria aqui em 2, no máximo três dias. Ia ser legal, poder ver uns jogos de futebol e quando minha querida esposa estivesse aqui ela poderia seguir a novela, saber o que acontece na Fazendinha, coisa e tal…

O decoder chegou em três dias sim, mas demorou mais de dois meses para conseguir que chegasse até a minha casa, devido a problemas com a alfãndega.

Primeiro foi mandado de volta para a Itália pois faltava uma declaração que o decoder não seria usado para fins militares. alguém por favor me explica isso, como assim um decoder de TV sendo usado para fins militares? Será que em algum episódio do Magaiver ele faz um deoder se transformar uma bomba de gás mostarda? Será que é alguma técnica que o Jack Bauer nunca me ensinou? Vai saber…

A empresa italiana fez uma carta, traduziu em francês, e mandou do novo o decoder. O correio acusava o recebimento na Tunísia, mas o aparelho sumiu. Depois de um mês procurando como um doido, ligando para o correio tunisiano e para o correio italiano, para a alfãndega daqui, acendendo vela e pedindo pra São Longuinho, acabei por descobrir o que acontecera com o Decoder.

Como o endereço de entrega era na empresa, o aparelho foi parar (não me perguntem como!) no despachante da empresa, que começou um processo de importação pelo qual queriam me fazer pagar 3 vezes o preço que eu paguei pelo aparelho! É claro que mandei devolver o troço para a Itália.

Avisei a empresa que me vendeu que o produto iria voltar para eles, que deixassem lá que eu arrumaria alguém para buscá-lo em Roma. Depois de uma semana o cara me liga e diz que o troço não tinha chegado. Devo admitir que já tinha considerado o aparelho perdido e me resignado a não ver TV.

Passa mais uma semana e me ligam da minha empresa em Milão. Um pacote com meu nome tinha chegado lá, se deviam mandar para a Tunísia. Pedi para o cara abrir, e era o bendito decoder. Falei para ele deixar lá, que alguém iria buscá-lo para mim.

Depois de todas as tentativas legais frustradas, acabei por conseguir trazer o decoder de “contrabando” na mala de um colega. O decoder bendito que me deixa ver Globo Internacional! Liguei para a Globo, dei o cartão de crédito, efetuei a assinatura! Em cinco minutos, estava tudo funcionando! Viva! Gente falando em português! Isso já faz uns meses e no início foi só alegria!

Essa alegria todo durou pouco, só até eu concluir que a programação da Globo Internacional é uma boa merda. Novela 80% do tempo, VTs de jogos de campeonatos que não assisto, não passa jogo do Brasil e o Fantástico é segunda a noite. FANTÁSTICO SEGUNDA A NOITE! E agora então com o Big brother Brasil, está insuportável… Toda hora tem chamada, quem vai ser o líder, quem vai sair, que saco Bial!

Além de todo o problema para trazer o decoder, havia ainda um problema com meu apartamento. O cabo da antena parabólica saía do teto da varanda e para entrar em casa precisava passar pela porta da varanda. O resultado mais prático disso é que para ver televisão a porta da varanda tinha que estar entreaberta, e no inverno o vento frio faz o ato de assistir qualquer programa em um inferno gelado.

Semana passada a persiana das janelas da varanda começou a dar problema. Na verdade já fazia tempo que a persiana não funcionava direito, desde o dia em que eu fiquei trancado do lado de fora de casa e precisei pular da janela do vizinho até minha varanda e “arrombar” a persiana. Não entro em detalhes, mas imaginem a cena ridícula de um gordo pendurado num prédio tentando pular de um apartamento para o outro.

Voltando à persiana, neste domingo ela morreu. Depois de caçar quem tinha instalado a persiana para o dono do apartamento, o que também não foi fácil, consegui marcar uma visita para hoje DE MANHà. Chegaram dois operários em casa, às DUAS da tarde, para consertar a persiana. De primeira não botei fé nos caras, que não falavam francês, só árabe. Mas eles me surpreenderam. Conseguiram consertar o problema em menos de 40 minutos.

Quando os caras viram o cabo da antena, entendi através dos gestos deles e de algumas palavras em francês pescadas nesses dialeto louco que se fala nessa terra, que se propunham a resolver meu problema com a antena. A idéia era fazer um buraco em uma placa de madeirite “fantasiada” de parede, que faz parte do conjunto da persiana.

Eu aceitei, e os caras furaram a madeirite à unha, com uma chave de fenda, já que não tinha furadeira. Coisa de doido, o cara suava feito louco, rodando a chavinha para fazer um buraco capaz de fazer passar por ali um cabo coaxial! A cena era meio esdrúxula, estranha mesmo, mas acabou que conseguiram fazer o buraco, deu certo passar o cabo e me resolveram este problema também. Duro foi entender em árabe quanto eles queriam pelo seviço.

Depois desta pequena epopéia posso ver televisão quentinho. O único problema é que NUNCA passa alguma coisa boa nesta bosta de Globo Internacional. Na hora que chego em casa está passando A Casa das 77 bruacas pela enésima vez. Quando acordo tá passando uma versão modernosa de telecurso segundo grau.

É, bem que me avisaram que não se pode ter tudo na vida.

Televisão na Tunísia e a Globo Internacional!

Um problema do meu apartamento aqui na Tunísia sempre foi assistir televisão.

Aqui só há dois canais do que nós no Brasil chamamos de TV aberta. E não existe nenhum tipo de serviço de televisão por assinatura, tipo NET ou DirecTV.

A única opção que nós temos é comprar uma parabólica e um decoder e assistir aos canais “abertos” de algum satélite, como o HotBird ou NileSat. Quando aluguei o apartamento já havia instalado um conjunto de antena-decoder, mas o canais bons do HotBird são todos bloqueados. Há algumas mutretas para desbloquear os canais, as como não conheço nenhum técnico de confiança, deixei para lá. Limitado a tele-sexo e canais romenos e árabes bizarros, fiquei sem ver TV bastante tempo.

Um tempo depois descobri que alguns italianos da empresa trouxeram decoders da Sky Italiana, e funcionou aqui, pois a Sky usa o satélite Hotbird. Sabendo disso, comprei um decoder da Globo Internacional, que também faz uso do Hotbird, e fiz a assinatura. Como não há representante da Globo aqui, encomendei da Itália com a promessa que chegaria aqui em 2, no máximo três dias. Ia ser legal, poder ver uns jogos de futebol e quando minha querida esposa estivesse aqui ela poderia seguir a novela, saber o que acontece na Fazendinha, coisa e tal…

O decoder chegou em três dias sim, mas demorou mais de dois meses para conseguir que chegasse até a minha casa, devido a problemas com a alfãndega.

Primeiro foi mandado de volta para a Itália pois faltava uma declaração que o decoder não seria usado para fins militares. alguém por favor me explica isso, como assim um decoder de TV sendo usado para fins militares? Será que em algum episódio do Magaiver ele faz um deoder se transformar uma bomba de gás mostarda? Será que é alguma técnica que o Jack Bauer nunca me ensinou? Vai saber…

A empresa italiana fez uma carta, traduziu em francês, e mandou do novo o decoder. O correio acusava o recebimento na Tunísia, mas o aparelho sumiu. Depois de um mês procurando como um doido, ligando para o correio tunisiano e para o correio italiano, para a alfãndega daqui, acendendo vela e pedindo pra São Longuinho, acabei por descobrir o que acontecera com o Decoder.

Como o endereço de entrega era na empresa, o aparelho foi parar (não me perguntem como!) no despachante da empresa, que começou um processo de importação pelo qual queriam me fazer pagar 3 vezes o preço que eu paguei pelo aparelho! É claro que mandei devolver o troço para a Itália.

Avisei a empresa que me vendeu que o produto iria voltar para eles, que deixassem lá que eu arrumaria alguém para buscá-lo em Roma. Depois de uma semana o cara me liga e diz que o troço não tinha chegado. Devo admitir que já tinha considerado o aparelho perdido e me resignado a não ver TV.

Passa mais uma semana e me ligam da minha empresa em Milão. Um pacote com meu nome tinha chegado lá, se deviam mandar para a Tunísia. Pedi para o cara abrir, e era o bendito decoder. Falei para ele deixar lá, que alguém iria buscá-lo para mim.

Depois de todas as tentativas legais frustradas, acabei por conseguir trazer o decoder de “contrabando” na mala de um colega. O decoder bendito que me deixa ver Globo Internacional! Liguei para a Globo, dei o cartão de crédito, efetuei a assinatura! Em cinco minutos, estava tudo funcionando! Viva! Gente falando em português! Isso já faz uns meses e no início foi só alegria!

Essa alegria todo durou pouco, só até eu concluir que a programação da Globo Internacional é uma boa merda. Novela 80% do tempo, VTs de jogos de campeonatos que não assisto, não passa jogo do Brasil e o Fantástico é segunda a noite. FANTÁSTICO SEGUNDA A NOITE! E agora então com o Big brother Brasil, está insuportável… Toda hora tem chamada, quem vai ser o líder, quem vai sair, que saco Bial!

Além de todo o problema para trazer o decoder, havia ainda um problema com meu apartamento. O cabo da antena parabólica saía do teto da varanda e para entrar em casa precisava passar pela porta da varanda. O resultado mais prático disso é que para ver televisão a porta da varanda tinha que estar entreaberta, e no inverno o vento frio faz o ato de assistir qualquer programa em um inferno gelado.

Semana passada a persiana das janelas da varanda começou a dar problema. Na verdade já fazia tempo que a persiana não funcionava direito, desde o dia em que eu fiquei trancado do lado de fora de casa e precisei pular da janela do vizinho até minha varanda e “arrombar” a persiana. Não entro em detalhes, mas imaginem a cena ridícula de um gordo pendurado num prédio tentando pular de um apartamento para o outro.

Voltando à persiana, neste domingo ela morreu. Depois de caçar quem tinha instalado a persiana para o dono do apartamento, o que também não foi fácil, consegui marcar uma visita para hoje DE MANHà. Chegaram dois operários em casa, às DUAS da tarde, para consertar a persiana. De primeira não botei fé nos caras, que não falavam francês, só árabe. Mas eles me surpreenderam. Conseguiram consertar o problema em menos de 40 minutos.

Quando os caras viram o cabo da antena, entendi através dos gestos deles e de algumas palavras em francês pescadas nesses dialeto louco que se fala nessa terra, que se propunham a resolver meu problema com a antena. A idéia era fazer um buraco em uma placa de madeirite “fantasiada” de parede, que faz parte do conjunto da persiana.

Eu aceitei, e os caras furaram a madeirite à unha, com uma chave de fenda, já que não tinha furadeira. Coisa de doido, o cara suava feito louco, rodando a chavinha para fazer um buraco capaz de fazer passar por ali um cabo coaxial! A cena era meio esdrúxula, estranha mesmo, mas acabou que conseguiram fazer o buraco, deu certo passar o cabo e me resolveram este problema também. Duro foi entender em árabe quanto eles queriam pelo seviço.

Depois desta pequena epopéia posso ver televisão quentinho. O único problema é que NUNCA passa alguma coisa boa nesta bosta de Globo Internacional. Na hora que chego em casa está passando A Casa das 77 bruacas pela enésima vez. Quando acordo tá passando uma versão modernosa de telecurso segundo grau.

É, bem que me avisaram que não se pode ter tudo na vida.

Dias de Macarronada na Tunísia

Ontem a noite um colega de trabalho reservou uma mesa para 30 pessoas no Circolo Italiano de Tunis.

Além do pessoal da empresa foram convidados outros colegas de empresas parceiras. Era uma noite completamente informal, sem chefes, com vinho e principalmente um menu delicioso. La festa del Cinghiale, ou A festa do Javali.

O Círculo Italiano fica no centro de Tunis, em um prédio de esquina de três andares, acredito eu construído ainda na época em que os franceses eram os donos do país.

Subimos três andares de escada, e demos de cara com a cozinha. Lá dentro um italiano pançudo e simpático com um avental completamente sujo de molho, quando viu a horda de gente chegando pelas escadas, avisou que o salão da janta era na porta ao lado.

Chegando no salão havia três mesas grandes, duas já ocupadas com grupos grandes. Os garçons começaram a nos servir uma série de entradas, trazer água e vinho, o pessoal se aquietou nas cadeiras, apresentações foram feitas e o banquete começou.

O primeiro prato foi Papardelle al Ragù di Cinghiale, bolonhesa de Javali, e foi de lamber os beiços. O povo brigou por repeteco, estava realmente uma delícia. Se tiverem oportunidade, não deixem passar, é de primeiríssima qualidade. O vinho que o pessoal bebeu era local, e eu ainda não consegui entendere como um país muçulmano, onde beber é considerado pecado grave e todo mundo controla todo mundo pode ser produtor de vinhos. Eu não sei qual era o vinho pois não bebi, mas o pessoal comentou que era bom, que tinha até mesmo sido premiado em Paris.

O segundo prato foi batatas com costela de javali, e o gosto era ótimo. Mas as danadas das costelas estavam tão duras que eu preferi não insistir muito com elas. Deixei metade no prato.Quando chegou a hora do café e da sobremesa é que a coisa esquentou. Cheios de vinho na cabeça a italianada já não conversava, gritava.

Na mesa do lado levantou um troglodita, de uns dois metros de altura, uns 40 anos, cabeça raspada e duas tatuagens, uma em cada lado do crãnio, com uma cara de mau de dar medo. Quando vi o maluco de pé, olhando pra nós, juro que pensei que ia ter confusão. Detalhe, na nossa mesa só tinha homem. E sóbrios, se eram em 4, eram já muitos. Ledo engano. O cara olhou pra nós, pegou uma caneca de vinho, bateu com a colher nela pra chamar a atenção e quando o povo silenciou um pouco, ele diz, com uma voz afeminadérrima:

– Meninos, silêncio, vai começar o Karaoke!

UPDATE: Fotos da noite!

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Nesse momento era o início da perdição de linha. Começaram cantando Volare. Depois desencavaram vários sucessos italianos dos anos 60 aos 90, Ligabue, Battisti, De Gregori, Celentano e até Mina e Caruso. Fizeram corinho, se abraçaram, quase choraram. Parecia cena de filme, me diverti pacas.

O mais engraçado nessas horas é ver o pessoal que se odeia no trabalho se transformar em irmão de sangue, com um pouco de vinho na cuca e umas musiquinhas sentimentais. Essa coisa de estar no exterior faz desse pessoal muito sensível ao que se refere à pátria. A maioria dos meus colegas estão pela primeira vez longe de casa, e qualquer coisa que lembre a terrinha deles é motivo de obsessão.

Por volta de uma hora da manhã peguei uma carona pra casa, com a barriga cheia e uma simpática lembrança da Festa del Cinghiale. Meu apartamento estava gelado, liguei o aquecimento, e dormi contente.

Hoje foi a festa de confraternização da empresa. Fomos todos, 70 pessoas, a um restaurante chamado Da Franco, em Hammameth. Fica a uns 50 minutos de Túnis. Como o Milan ganhou do Bocca a italianada estava toda contente. E de novo o povo encheu a cara de vinho tunisiano, mas tentando não perder a linha já que a diretoria toda estava presente. Foi bem divertido também, já que foi a primeira vez que toda a equipe do projeto esteve junta.

Eu conhecia a maior parte do pessoal, mas alguns não conhecia pessoalmente. O pessoal local que foi convidado se entrosou bem, e realmente acho que amanhã todos vão ir para o trabalho mais satisfeitos. E dá-lhe macarronada!

Esta semana, se tudo correr como deve, pego um vôo para o Rio. Não vejo a hora de ver a família, dormir na minha casa, curtir um pouco de férias. Cidade Maravilhosa, aqui vou eu!

Estranho e Bizarro, meus pitacos

Cada dia mais gente tem escrito em blogs. Já faz um tempo que eu leio alguns de brasileiros que moram fora do país, “qui nem qui eu”.

A jornalista Bárbara Axt, mantém um blog em português e um outro em inglês. Ela escolheu Londres para completar seus estudos e estes dias escreveu sobre como se sentia no Rio de Janeiro antes de ir para as terras da rainha. Entedo a sua doideira. Eu sou carioca e também estou no exterior. Apesar da grande diferença de destino.

A Tunísia é um agradável país no norte da África onde todos bancam os “ishperrtos”, só que com um árabe afrancesado. Os caras são muçulmanos, mas a maioria só pratica o bastante para o vizinho achar que ele é um bom muçulmano. Em seis meses aqui a única livraria que encontrei foi o Carrefour.

Antes eu estava em Angola. Acho que tem um post do ano passado falando sobre minha dificuldades de achar livros em Luanda. Pois é.

A cultura da burrice a que a Bárbara se refere não é exclusividade brasileira. O mundo cultua a burrice, ou melhor a ignorãncia.Eu sempre devorei livros, e quando morei na Itália meus amigos universitários achavam isso estranho e bizarro. Hoje tenhos colegas de trabalho, europeus, de menos de 30, que não sabem a diferença entre adjetivo e substantivo, e não conseguem conjugar verbos na própria língua. Saio em defesa do Rio, onde há muita sujeira nas ruas, patricinhas e mauricinhos mal-educados, povão ignorante de dar dó, mas onde se pode comprar um livro, ir ao cinema, curtir um teatro. Na maior parte do mundo, não é bem assim.

É claro que não somos, nós brasileiros, exemplo de cultura e civilidade.Vivemos em um mundo de absurdo constante, em um universo paralelo de violência e mentiras. O presidente da República, eleito e reeleito, não é exemplo nem de cultura, nem de ética. Viver entre a realidade de “Tropa de Elite” e o mundo de fantasia do “nunca-antes-neste-país” é no mínimo um exercício para a sanidade mental das pessoas. Na Tunísia você pode deixar o carro aberto e ir comprar pão. Ninguém toca. Mas ái de você de se envolver em política ou acessar sites “proibidos”, com opiniões divergentes das do governo. Cada buraco com sua lama, diria o filósofo…

De qualquer modo, Bárbara, parabéns pela cara e pela coragem. Acho que é saindo e vendo o mundo é que crescemos.Já eu continuo mancando por esse deserto doido, que me leva sempre para um buraco diferente… Quem sabe onde eu vou parar?

Só sei que semana que vem desembarco no Rio para curtir o natal no calor! Saravá!

WordPress Widgets – Problemas com Drag and Drop – Resolvido na unha

Já há bastante tempo eu estava tendo problemas com a capacidade de drag and drop dos widgets do WordPress. Nas últimas duas semanas passei boa parte do meu tempo livre fazendo backups e reinstalando o WP. Desliguei plugins, mudei de temas, tentei de tudo. E nada funcionava.

Nessas horas bate uma frustração de não ser programador. Mas mesmo assim eu não desisti… Precisava descobrir o que havia de errado. O Google não ajudou muito, ao contrário de tantas outras vezes. O fórum do WordPress.org também não. O suporte técnico do WordPress.com nem ligou para mim, apesa do problema acontecer por lá também…As soluções propostas, e olha que tentei muitas, não deram jeito. E aí acaba que, com um pouco de curiosidade e saco, consegui achar o motivo do problema. A página lida pelo wordpress 2.3.1 para a manipulação dos widgets é widgets.php. No Firefox, ao ler tal página, os widgets ficavam estáticos e eu não podia arrastar e soltar nenhum deles.

Verifiquei que o Error Console do Firefox me mostrava a mensagem de erro “Draggable is not a function“. Dragabble é sim uma função, que pertence a uma extensão do jquery.js chamada interface.js. Pensei com os meus botões que talvez, por mais improvável que pudesse parecer, o proxy da Tunísia implicasse com o nome da função. Afinal Drag pod se referir a drag queen, e se comportamento sexual diferente do “standard” já dá confusão em Niterói, imagina como deve ser bem visto em um país muçulmano… Mudei todas as referências a drag e substituí por “brag” em todos os arquivos que compõem o pacote do WordPress e voilá… Não funcionou. Bem, pensei com os meus botões, o problema não era o proxy…

No dia seguinte, ao fazer o restore do backup com tudo original, sem modificar o nome da função, deixando Draggable mesmo fui fazer o teste de novo para saber se o erro persistia. Persistia é claro. Tudo imóvel. Como estava usando o Safari, resolvi escarafunchar e ver se havia algo como o Error Console do Firefox. Não havia algo assim, ao menos eu não achei. Em compensação havia uma opção que se chamava “active connections”.

Foi ali que descobri o problema. O active connections mostra todos os links de dada página, de onde estão chupando informação. E entre os links da página, havia o seguinte:

http://www.camelomanco.com/weblog/wp-includes/js/jquery/interface.js?ver=1.2 NOT FOUND

Em poucas palavras, o WordPress não conseguia encontrar o arquivo interface.js, acreditava que o mesmo não estava no servidor. Mas ele estava lá! Coloquei a url acima no browser e recebi uma mensagem igualzinha a do post sobre o Youtube. O danado do Proxy da Tunísia estava aprontando mais uma! Como resolver este pepino?

Tentei então a url:

http://www.camelomanco.com/weblog/wp-includes/js/jquery/interface.js

e qual não foi minha surpresa ao achar lá o arquivo bonitinho….

O meu trabalho então era fazer com que o WordPress chamasse pela segunda url e não pela primeira. E toca a procurar onde era feita a leitura da bendita… Acabei que achei o arquivo scripts-loader.php, que se encarrega de carregar na memória todos os scripts (como o nome diz).

Com um pouco de tentativa e erro modifiquei a linha 77 (no WP 2.3.1):

de:
$this->add( ‘interface’, ‘/wp-includes/js/jquery/interface.js’,
array(‘jquery’), ‘1.2’);

para

$this->add( ‘interface’, ‘/wp-includes/js/jquery/interface.js’,
array(‘jquery’), ”);

Agora o wordpress consegue ler a linha gerada e ela não encrenca com o proxy.

Eu deixei isso tudo aqui documentado por dois motivos. O primeiro é para que quando houver atualização do WP eu saberei exatamente onde eu tenho que mexer no danado caso o mesmo problema ocorra. O segundo é que, apesar de comigo acontecer na Tunísia, o problema certamente não é causado por uma vontade do governo de bloquear a leitura do interface.js. A causa é um proxy mau configurado. E você pode apostar que tem muito proxy nessa situação pelo mundo afora. Se acontecer com você algo parecido, essa dica pode te dar o caminho das pedras para “obrigar: o WP a ler uma biblioteca qualquer…