Organizando meus arquivos MP3 – AudioGrabber

Hoje peguei uma parte da minha manhã para organizar meus arquivos MP3. Já há alguns anos venho ripando todos os meus discos e colocando no meu HD, assim posso facilmente passá-los para o Palm e ouví-los quando quiser. Ainda faltam mais de 50 CD´s para ripar. Quando eu estava com o Linux instalado, usava um software chamado Prokyon, que é excelente. Um pouco chato de instalar, porque precisa do Mysql, mas realmente impressionante.

Meus arquivos mp3 foram transferidos para um HD de 80GB só para eles. Por enquanto ocupam 30 GB mais ou menos. Espero que caibam todos os discos.

Minha dica para ripar os CD’s é a seguinte: Instale o Audiograbber. Ele é o programa que permite fazer a extração (“ripar”) das músicas do CD para seu micro. A página de download é esta. Ele geralmente se instala na pasta c:\Audiograbber. O Audiograbber é hoje um programa freeware. No passado foi vendido como shareware, e o autor decidiu liberar o programa gratuitamente. Até porque já há nomercado uma série de programas gratuitos, de código aberto e não, que fazem o mesmo que ele. Eu o escolhi por ser fácil de usar, ser gratuito, ter uma cominidade grande de usuários para tirar dúvidas e por poder fazer tudo num lugar só. Além disso é um programa poderoso, bastando se dedicar a configurá-lo para que você transformar até mesmo a sua voz em MP3.

Aproveite é pegue também o conjunto de linguagem para Português brasileiro ou para a língua que preferir. Eu gostei mais da tradução Brazilian2. Basta dar download e colocá-lo na pasta do Audiograbber e você poderá ver o programa em português, bastando acessar o menu File»Language.

O Audiograbber, sosinho, não é capaz de ripar músicas com qualidade de CD. Ele precisa de auxílio de um “encoder” MP3.

O formato MP3 nada mais é que uma compressão de uma música. No CD que compramos na loja a música vem em um formato chamado WAV, que consome muito espaço. O MP3 é o formato de compressão mais difundido, mas existem alguns outros interessantes como o wma (da Microsoft) e o OGG (totalmente livre de patentes). Vou me ater ao MP3 pois hoje ainda é bem difícil encontrar aparelhos de som que toquem os outros formatos. Para se ter um exemplo de como o MP3 está difundido, um CD de MP3 é capaz de ser ouvido em qualquer aparelho de DVD, e comporta mais de 100 músicas em média. Os links deste parágrafo são da Wikipedia, a enciclopédia livre, utilíssima fonte de informação.

Na própria página do Audiograbber podemos encontrar o link para download de encoders que ampliarão a qualidade dos nossos MP3. São eles o LAME e o BladeEnc. Dê download de pelo menos um dos dois. Instalá-los émuito fácil, basta extrair os arquivos e movê-los para o diretório onde está instalado o Audiograbber.

Vamos ripar um CD para ver como se faz? Primeiro precisamos dar ao ao AudioGrabber algumas informações básicas:

1. Onde vamos gravar as músicas que tiramos do CD no computador? Como vamos nomeá-las?

Clique em Configura.

A parte de cima do menu é constante. Indica aonde seus MP3s serão gravados.

Meu HD para guardar minha coleção é o E:, e o diretório música. Clicando no botão você escolhe o seu. A maioria das pessoas gosta de usar o “minhas Músicas” dentro de “Meus Documentos”.

Vá até a aba Nome:

À direita vemos ticadas as informações que serão passadas aoas arquivos. Os arquivos serão criados da seguinte maneira: “Nome do Artista – Nome do Álbum – Número da Faixa – Nome da Faixa.mp3″ Com as setas para cima e para baixo você pode mudar a ordem destas informações no nome do arquivo.

À esquerda você pode definir como a árvore de diretórios será configurada. No exemplo temos então: E:/música/ARTISTA/ALBUM/Nome do Artista – Nome do Álbum – Número da Faixa – Nome da Faixa.mp3”

Em Avançado podemos mudar o nome dos arquivos para algo como: “Qualidade do MP3 – Nome do Artista – Nome do Álbum – Número da Faixa – Nome da Faixa.mp3”. Caso precise de mais detalhes clique em info e boa sorte!

Na parte de baixo vemos o método de acesso ao CDROM.

Na mior parte dos drivers modernos em computadores domésticos, você terá que escolher o método ASPI. Aqui é importante selecionar a velocidade como Maximum. Assim o Audiograbber detecta automaticamente a velocidade, evitando transtornos. Quanto ao setting “extrair para memória RAM”, ele depende de quanto de memória seu micro tem. Caso não tenha mais de 512Mb, acredito que seja melhor desmarcar. Mas eu posso estar errado redondamente! 🙂

2. Até aqui foi ótimo! Mas agora vou ter que escrever na unha todos os nomes de música do meu disco?

A resposta é simples: Não! Apesar de nem sempre ser verdade, na maioria das vezes não precisamos digitar nada. Basta te ruma conexão à internet. Coloque um CD na gravadora e espere um pouco. O Audiograbber reconhecerá que você inseriu o CD e listará as faixas da seguinte forma:

Agora clique no pinguim onde está escrito CDDB. Uma janela irá surgir:

O CDDB é um banco de dados de CDs do mundo todo. O Audiograbber se conecta ao FreeDB, um banco de dados comunitário. Se seu CD não for reconhecido, e você tiver a paciência e dedicação de escrever títulos, Artista, e Album, além de qualquer outras informaçõs na mão, o Audiograbber vai ripar seu CD da mesma forma como faz cõm qualquer outro. E lhe permitirá enviar as informações que você entroduziu para o banco de dados, facilitando a vida do próximo que inserir o bendito disquinho no computador. Vários programas usam o FreeDB e o CDDB. A diferença é que o desenvolvedor que usa o CDDB paga para poder fazer um programa capaz de consultá-lo. No caso do FreeDB qualquer um pode acessá-lo gratuitamente.

Pois bem, o meu CD já foi reconhecido, olha ele aí:

Fina Estampa – Caetano Veloso. Um disco que comprei há dez anos e que sempre me acompanha quando estou solitário em meus pensamentos. Comecei a aprender espanhol depois de ouvir estas musiquinhas do passado, algumas vezes tão atuais. E olha que nem sou tão fã assim do Caetano… Mas vamos lá…

3. E aí, vamos fazer este omelete ou não? Como faço para extrair as minhas músicas em qualidade decente?

Clique em MP3. A seguinte janela se abrirá:

Na parte de cima, você pode escolher o que fazer. Você pode criar um arquivo WAV, ou seja retirar do CD uma cópia exata da música para seu computador.
Ótimo, mas porquê manter um arquivo gigantesco se você pode escutar suas músicas em MP3 com uma qualidade praticamente igual ocupando 10 vezes menos espaço? A segunda opção, além de criar o arquivo WAV faz uma conversão para MP3, mas mantém o WAV no PC. Estas duas primeiras opções estão aí para lhe dar liberdade de escolha. O audiograbber não converte só CD’s, pode ser usado para converter LP’s em WAV e MP3. Acredito que estas opções sejam úteis nesses casos fora do padrão.
O que queremos mesmo é criar MP3, então as duas opções finais são as que nos interessam. A terceira ads quatro usa o Audiograbber para copiar a música do CD para o computador em formato WAV, depois a converte para MP3 e por último apaga o WAV. E a quarta transforma o WAV do CD em mp3 diretamente, sem gravar o WAV no Computador. Eu prefiro a terceira opção, pois permite “trabalhar” o arquivo WAV na hora da conversão.

“Use etiqueta” é importante, significa que as informações do CDDB ou FreeDB serão adicionadas aos seus arquivos MP3. Simplificando bastante, podemos dizer que estas informações são guardadas dentro do MP3 numa seção chamada TAG. Existem versões diferentes de Tag, mas a maior parte dos programas novos sabem lidar com todas elas. É muito importante ter os Tags corretos quando você usar um CD de MP3 em equipamentos diferentes de um computador, como o rádio do carro, por exemplo. Com os tags você sabe que música está tocando, que artista, que ano, que álbum, etc… Sem precisar saber o nome do arquivo. Assim eu posso tero arquivo musica.mp3, que na verdade é Like a Prayer da Madonna, música 1 do disco Like a Prayer de 1989, e meu som vai reconhecer todas essas informações, que estão no TAG e não no nome do arquivo. No caso do WAV não será necessário, até porque no meu computador não haverá nenhum WAV, só MP3. A única excessão é caso você use o Audiograbber para RIPAR e um terceiro programa para CODIFICAR a música.

Extrair todas as faixas antes de começar a conversão pode ser uma opção boa, se você precisa retirar rápido o CD do PC. O Audiograbber transforma todas as faixas em WAV, guarda no PC e começa a fazer a codificação. Aí você pode retirar o CD e botar para tocar no som da sala. O que ele precisa para trabalhar ele já tem. Fica a seu critério.

Vamos agora ao cerne do programa, os encoders!

Escolhendo conversor interno, você será apresentando a um menu pulldown com as opções mostradas acima. ATENç�?O! Estes encoders não necessariamente estão instalados! Se você instalou o LAME e o BladeEnc, como aconselhei no início, basta escolher um dos dois na lista e tudo estará pronto para usar. Não se iluda com as versões e datas apresentadas no menu, elas NàO representam as versões instaladas no seu sistema. Conversor Interno neste significa que o AudioGrabber sabe como dizer ao encoder como agir. Ou seja, se ele sabe dizer ao LAME 1.01 como agir, e eu uso o LAME v3.96.1 July 2004. E funciona supimpa!;) Quer dizer que os desenvolvedores do LAME não mudaram os comandos, somente melhoraram as funcionalidades do software.

Um leitor mais atento notará que o Audiograbber também vem preparado para codificar arquivos em OGG e WMA, entre outros. Basta instalar os respectivos encoders (geralmente colocar na mesma pasta do Audiograbber) e voilá. eu pretendo testar o Winlame
, um ecoder gráfico que trabalha com vários formatos. Ao que parece não adianta usar Conversores Externos, você deve usar o WinLAME direto nos arquivos WAV extraídos, Taí para que extrair só os WAV! Mas para outras deste tipo você precisa ir em Conversores Externos. Se não quer dor de cabeça, fique por aqui, caso seja aventureiro, use por sua conta e risco!:)

Eu escolhi o BladeEnc. O LAME é o preferido pela maioria dos usuários, aparentemente mais rápido e com maior qualidade. Mas na minha máquina rodou masi rápido o BladeEnc. As opções que aparecem são as seguintes:

Velocidade Variável vs. Velocidade Constante.

No caso do BladeEnc não é possível escolher, mas em outros, como LAME sim. Por isso explico rapidamente a idéia.

Velocidade Constante é universal. Toca na maioria dos aparelhos de som. Velocidade Variável otimiza o tamanho do arquivo, aumentando e diminuindo a veelocidade (que se traduz em qualidade) depois de analizada a faixa. Eu uso sempre Velocidade Constante e escolho o nível de velocidade. No meu caso uso sempre 128 Bits. Os puristas diriam que o ideal é de 192 Bits para cima, mas para mim 128 bastam. O máximo é 320 Bits. Arrastando o cursor você escolhe a qualidade.

Qualidade.

Esta é bem fácil. Escolha Estéreo e Normal. Geralmente não é necessário mais que isso.

As outras opções não são relevantes, somente prioridade, onde você define o uso de CPU. Quantomais antigo o micro, menor a prioridade. Vai demorar mais a codificar, mas evita docomputador lerdar lerdar lerdar….

4. Já configurei tudinho, e agora?

Agora aperte a mãozinha doExtrair, e pronto.

Você verá, para cada faixa do disco a seguinte tela:
uploads/

Que neste momento está lendo o arquivo do CD para o PC.

Na mesma tela, após alguns segundos, você verá:

Mostrando a conversão do WAV em MP3.

Com um pouco de pesquisa na Web você pode se aprofundar no Audiograbber e aprender a usar alguns recursos interessantes como a Normalização. A idéia é que cada disco é gravado com um volume diferente, e com a normalização, você consegue colocar todas as músicas em um nível similar de volume, evitando que em um mesmo CD gravado a partir de MP3s haja músicas volumes mais baixos e mais altos.

Espero ter ajudado. Enquanto escrevia este post adicionei mais uma dezena de CD’s ao meu HD. De grão em grão construo a minha biblioteca.

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