O pai de uma das vítimas do acidente na lagoa, Gabriel Padilha, deu um depoimento ao fantástico que me pareceu muito ponderado:
“Não sejam imprudentes ao dirigir. Não bebam se forem dirigir e mesmo se não beberem, não corram. Respeitem os limites, protejam suas vidas, que é o bem mais precioso que vocês tem. Me dirijo principalmente aos rapazes, que na maioria das vezes estão na direção e que são os responsáveis pelas vidas de todos. Quanto aqueles que estiverem como passageiros no carro, façam valer seu direito de serem conduzidos em segurança. Aos pais, orientem de forma constante seus filhos. Exerçam sua autoridade, mas acima de tudo dêem o exemplo, pois nossos filhos observam muitos mais os nossos atos do que aquilo que falamos. Acreditem, nada pode ser mais doloroso do que a perda de um filho.”
Eu vejo nestas palavras a sinceridade que a dor e o pesar trazem nestes momentos. Não há intenção de culpar ninguém, mas a lucidez de pedir às pessoas, principalmente aos adolescentes, que tenham bom-senso.
Como escrevi semana passada, acho que o bom-senso deve ser acompanhado do cumprimento da lei. Enquanto a lei não for respeitada, ou melhor, enquanto nós todos não fizermos com que a lei seja respeitada (denuciando, cobrando e monitorando e até mesmo VOTANDO), só nos restará a cada passar de anos ouvirmos novamente as mesmas palavras tristes, o mesmo lamento vindo de diferentes pais de vítimas. Não me refiro apenas às vítimas de acidentes de trãnsito, as vítimas em geral, da violência nas ruas, do tráfico de drogas, dos crimes de corrupção.
A aplicação das leis são o que garantem um convívio social pacífico e próspero. Hoje respiramos o ar viciado da corrupção, no guarda da esquina, no fiscal da boate, no político da nossa cidade.
Não molhe a mão do guarda. Denucie quem molha a mão do guarda!
Repeite as leis. Denuncie quem não respeita.
Não fique calado. Se queremos um Brasil melhor, temos que espernear pelos nossos direitos. Queremos somente viver tranqüilos, ricos, pobres, classe média.
Eu fico extremamente revoltado com a impunidade. Mas me revolta muito mais a falta ação das pessoas, que se deixam violentar todos os dias caladas. São vítimas e acabam por serem também culpadas.
Denuncie se na porta da sua casa estão vendendo bebidas para menores!
Escreva para os jornais! Escreva no seu blog! Temos que aprender que o estado é nosso, de todos nós. O que é público é nosso. Tem quem pense que não é de ninguém, mas não, É NOSSO!
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